terça-feira, 28 de setembro de 2010

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Olhei bem as possibilidades. E fui pelo caminho menos pisado. Isso faz toda a diferença.

sábado, 25 de setembro de 2010

JOÃO.

Vim contar o que me ocorreu há pouco.

Tomava banho quando me veio na cabeça que vamos, os formados em 2009, promover um reencontro. E como dinâmica, cada um levará um objeto que representou o seu ano. E foi esse o bilhete para minha viagem: o objeto. Foi uma viagem que durou 20 minutos e mtos litros d'àgua. E como a viagem foi longa, a volta teve varias paradas, por isso perdi algumas bagagens, alguns pensamentos. Mas tentarei, aqui, reproduzi-los, o máximo.

Que objeto levar? O que fiz nesse ano todo? Logo me veio que deveria levar alguma coisa ligado ao basquete, afinal passei (até agora) quase 9 meses tentando acerta uma bola em um cesto. Joguei basquete o ano todo. Vou levar portanto uma camiseta do time de Barueri. Ela representa o basquete. Mas levarei uma camiseta especial! Uma que tem 4 letras grafadas, pontuada por um acento, o qual o nome me lembra uma pessoa querida: til.

JOÃO.

Quanta representatividade tem meu nome numa camiseta de jogo. Meu Deus!

Desconfio que nao tive, antes, uma camiseta com o meu nome porque nunca parei para pensar sobre tal pessoa: o João.

Um dia, quero acordar e esquecer qual é o meu nome. Esquecer quem eu sou. Esquecer que um dia alguém já me chamou, já esperou algo de mim. Esquecer que preciso responder a um nome: João. Eu quero, nesse dia ao acordar, fazer as coisas que tenho vontade sem me importar com a opinião dos outros, sem a preocupação de dar satisfação. Quero apenas ser. Sem rotulações. Sem adjetivos. Ser livre. Libertar-me dessa gaiola (meu nome) que me prende a especulações.

Quando fala-se em João, por trás do nome vêm adjetivos, palpites, conceitos. Na verdade, eles tratam do nome, não da pessoa que tem suas vontades, seus humores, sua improbabilidade.

Quero, nesse dia ao acordar, ser eu e não o que as pessoas esperam de mim.

Clarice Lispector já disse: "Deram-me um nome e alienaram-me de mim."

Voltando a camiseta: Não joguei só basquete nesse ano. Dei alguns passos ao encontro de mim. Provei-me que por mais doloroso que seja eu consigo superar todos os meus limites: as minhas saudades, as minhas dependências (familia, amigos) etc. Provei-me que eu me aguento.

E se eu me aguento, quem eu nao aguenterei? Se eu posso comigo, quem poderá contra mim?

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Duvido que alguém imaginou que 4 letras poderiam render tanta filosofia barata... O bicho causador disso tudo deve ser a minhoca que tem em cima do "A", ~.

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Beijos na alma de todos.

sábado, 4 de setembro de 2010

Close-up Vermelho.

Acabou a minha pasta de dente, e hoje fui ao mercado comprar uma, para repor. Decidi comprar uma pasta que me acompanhou durante a infancia. Lá em Santos André, sobrado simples e aconchegante, familia toda em um só quarto.

A embalagem da pasta de dente mudou, mas espero que aquele sabor ainda seja o mesmo. O paladar e olfato têm um papel muito importante na lembrança. Quero resgatar aquele tempo.

Lembro do Pedro, ainda inocente e sempre tonto, pedindo-me a mão para dormir com segurança, tinha medo. Quero de volta nós quatro juntos. Eu, meu pai, minha mae e meu irmao.

O tempo passou, e como ele é cruel, transformou muitas coisas. Não somos mais os mesmo, a mão do irmão não é suficiente para o nosso medo, não conseguimos nem decifrar nossos medos.

A aposta é que o sabor dessa pasta de dente me leve de volta pros anos 90.

Quero ainda encontrar aquele perfume que meu pai usava. Ele ia embora trabalhar, mas deixava aquele aroma e a saudade. Hoje só tenho a saudade.

Por mais mudanças que estejam por vir quero aquela simplicidade e aquele aconchego da Rua Afonso de Mendonça, número 88. Não era feliz, mas estava em paz!

Vou nessa que depois da janta tenho um encontro marcado.

Beijo na alma.